Equatoriano “Eco de Luz” é eleito Melhor Longa do 35º Cine Ceará

Foto: Rogério Resende

Festival premiou produções do Brasil, Cuba, Espanha, Uruguai e Porto Rico

O 35º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema encerrou sua programação na noite de sexta-feira (26), no Cineteatro São Luiz, em Fortaleza, celebrando os filmes vencedores de suas mostras competitivas e prestando homenagens a grandes nomes do cinema latino-americano. O destaque ficou para o longa equatoriano “Eco de Luz”, de Misha Vallejo, eleito Melhor Longa-metragem Ibero-americano. O filme conquistou ainda os prêmios de Melhor Roteiro, Melhor Montagem e o Prêmio da Crítica Abraccine/Aceccine.

Cena de “Eco de Luz”

A obra de Vallejo, exibida em festivais como Amsterdã (IDFA) e Guadalajara, retrata a busca do diretor por memórias familiares a partir da câmera de seu avô. Além do troféu Mucuripe, o título também recebeu R$ 40 mil em recursos para distribuição no Brasil.

Outro destaque foi “Al oeste, en Zapata”, de David Beltrán i Mari (Cuba/Espanha), que venceu Melhor Direção, Fotografia e Som. Já “Un Cabo Suelto” (Uruguai/Argentina/Espanha), de Daniel Hendler, foi premiado em atuação, com Sergio Prina e Pilar Gamboa. O filme porto-riquenho “Esta Isla”, de Lorraine Jones e Cristian Carretero, levou Melhor Trilha Sonora e Direção de Arte.

Curtas brasileiros e olhares locais

Na Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem, o prêmio principal foi para “Minha Mãe é Uma Vaca”, de Moara Passoni (MS/SP). O júri ainda destacou “Réquiem para Moïse” (RJ), premiado em direção, e “Boi de Salto” (PI), que venceu em roteiro e conquistou o Prêmio da Crítica. O curta cearense “Peixe Morto”, de João Fontenele, recebeu o Prêmio Canal Brasil de Curta-metragem, incluindo exibição no canal e R$ 15 mil.

O Troféu Samburá, concedido pelo Vida & Arte e O Povo, elegeu “Thayara” (PR), de Mila Leão, como Melhor Filme, e “Brincadeira de Criança” (SP), de João Toldi, como Melhor Direção.

“Centro Ilusão” foi o melhor filme da “Mostra Ceará”

Na Mostra Olhar do Ceará, os vencedores foram “Centro Ilusão”, de Pedro Diogenes (melhor longa), e “Vermelho de Bolinhas”, de Joedson Kelvin e Renata Fortes (melhor curta), este último também agraciado com o Prêmio Unifor de Cinema no valor de R$ 5 mil.

Homenagens e celebração

Dedicada ao cineasta cearense Rosemberg Cariry, que comemora 50 anos de carreira, e ao argentino Fernando Birri, pioneiro do cinema latino-americano, a edição também celebrou os 35 anos do Cine Ceará. A cerimônia contou com homenagem especial ao Cineteatro São Luiz, representado por seu diretor José Alves Netto, ao lado do diretor do festival, Wolney Oliveira.

Programação segue em outubro

A agenda do Cine Ceará continua no mês de outubro com as Mostras Sociais — Melhor Idade (21/10), O Primeiro Filme a Gente Nunca Esquece (22/10) e Acessibilidade (22/10) —, além de oficina de animação com Telmo Carvalho (20 a 23/10) e sessões ao ar livre do Cine Itinerante em Pindoretama (04/10) e Aquiraz (23/10).

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