Seleção reúne produções do Brasil, Equador, Porto Rico, Cuba/Espanha e Uruguai/Argentina/Espanha. Filmes concorrem ao Troféu Mucuripe e a um prêmio de R$ 40 mil para distribuição.
O Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema chega à sua 35ª edição consolidado como um dos principais palcos de exibição e difusão da sétima arte na América Latina. Em 2025, um dos grandes atrativos do evento é a Mostra Competitiva Ibero-americana de Longa-metragem, que apresenta ao público seis produções inéditas no Brasil.
A seleção reúne ficções e documentários que já conquistaram prêmios em festivais de prestígio como Tribeca (Nova York), Veneza (Itália), IDFA (Amsterdã) e Guadalajara (México). Além disso, duas obras terão estreia mundial em Fortaleza, reforçando a relevância do festival como plataforma de lançamento para o cinema ibero-americano.

Produções brasileiras em destaque
O Brasil marca presença com dois títulos em première mundial:
- “Gravidade” (Leo Tabosa) – ficção que acompanha quatro mulheres em uma mansão durante uma tempestade solar que ameaça a Terra. Entre memórias, rancores e segredos, o filme constrói um drama intimista em clima apocalíptico.
- “Do outro lado do pavilhão” (Emília Silveira) – documentário que narra a história de Érica e Núbia, duas mulheres que se conheceram na prisão e hoje, em liberdade condicional, compartilham relatos sobre violência, superlotação e resistência no sistema carcerário feminino.
Filmes internacionais premiados
Entre as produções estrangeiras, o público poderá conferir obras já reconhecidas em festivais e que chegam com forte repercussão crítica:
- “Esta Isla” (Porto Rico) – vencedor de três prêmios no Festival de Tribeca, acompanha a vida de dois irmãos que sobrevivem da pesca, mas acabam enredados em negócios ilegais.
- “Um cabo solto” (Uruguai/Argentina/Espanha) – estreia mundial no Festival de Veneza, traz a jornada de um cabo argentino fugitivo em busca de recomeço no Uruguai.
- “Ao oeste, em Zapata” (Cuba/Espanha) – documentário premiado em Munique e no Visions du Réel, retrata a luta de uma família que vive em uma região pantanosa de Cuba em meio à pandemia e à crise social.
- “Eco de Luz” (Equador) – filme que parte da história pessoal do diretor Misha Vallejo, exibido em festivais como IDFA e Guadalajara, e que recria um álbum de lembranças familiares com imagens de arquivo.

A disputa pelo Troféu Mucuripe
Os seis longas competem pelo Troféu Mucuripe, entregue em categorias como Melhor Filme, Direção, Atuação, Roteiro e Prêmio da Crítica. O longa escolhido pelo Júri Oficial recebe ainda um incentivo de R$ 40 mil, destinado à distribuição no Brasil.
Com essa seleção, o Cine Ceará reafirma seu papel como vitrine do cinema ibero-americano, conectando produções locais e internacionais e aproximando o público de histórias diversas, inovadoras e premiadas.
A programação completa do festival está disponível em: cineceara.com/programacao.html